quarta-feira, 11 de março de 2020

Arqueas: Termófilas, halófitas e metanogênicas.

 Neste novo blog que dou sequencia ao domínio Archea, vou tratar de sua principais três divisões. Embora hajam espécies que se qualifiquem a mais de um tipo, irei representar sua classificação em termófila, halófita e metanogênica. As informações a seguir evidenciam motivos que levam a muitos especialistas a acreditar que arqueas possam ter sido formas de vida bem mais primitivas do que imaginamos, se não fosse por outras espécies de bactérias igualmente antigas.



Tipos de Arqueas

Halófitas extremas



As arqueas deste tipo apresentam uma resistência quimica extraordinária, podendo residir em corpos d'agua de altissima concentração salina ou acida, vivendo em meios que são inóspitos a muitos outros seres vivos, com ressalvas a determinados tipos de bactérias, que também são halófitas extremas. No entanto qualquer outra espécie de bactéria que tentou dar a sorte em um ambiente tão extremo quanto ao morto, teve de cometer canibalismo a seus semelhantes para sobreviver. Especialistas de uma universidade acreditam que a proteina "ferrodexina" seja um dos motivos da prolongada residência dos seres unicelulares neste meio perigoso. 

Termófilas extremas



Por incrivel que pareça, a vida em condições extremas, ao redor do magma e do gelo é possivel. Em lugares com a costa da antartida boa parte da biomassa celular é de arqueas. Sua resiliencia nesses meios se deve a uma camada saturada de lipidios e enzimas que atuam em temperaturas extremas, alimentadas pelo processo de quimiosintese autotrofica destas arqueas.
O sulfolobus por exemplo, é um genêro da familia Sulfolobaceae do dominio Archea, vivendo em zonas vulcanicas comumente. Nas nascentes vulcanicas eles dependem do enxofre em seu ciclo alimentar e sua oxidação, variando entre heterotroficas e autotroficas. Com este exemplo é possivel que hajam microrganismos habitando zonas proximas do manto entorno de nosso nucleo.


Metanogênicas


As arqueas em sua grande maioria usam da quimiossintese como fonte de energia. Raramente alguma especie apresenta a capacidade de fototrofia, como no caso de certos tipos de bacterias, mas as arqueas dependem da metanogênese para sobreviver.
 Vivendo em meios aerobicos ou anaeróbicos, como visceras de animais, pantanos ou fossas ricas em nitrato e enxofre, faz oxidação, armazena nitratos e em alguns casos, como as arqueas "Asgard", usa um processo de mutualismo em parceria com outras bacterias, para obter oxigenio e promover respiração celular.

Arqueas: introdução e distinções destas das bactérias.

 O dominio Archea, um dos três dominios atualmente aceitos na biologia contemporanea, é tão rico e distinto quanto o Eukarya e Bacteria. Ainda assim, torna-se mais distinto do dominio representativo das bacterias, suas parentes procariontes e muito mais próximo dos seres eucarioticos unicelulares.
 Contudo o objetivos neste primeiro blog é de conceituar o basico sobre as arqueobactérias, como veremos adiante.


 Estrutura celular

Parede celular



Mesmo sendo microrganismos unicelulares procariontes, as arqueas apresentam uma forte similaridade as celulas eucariontes. Sua membrana plasmatica não possui o peptidoglicano, uma sequencia de heterosacarideos ligados a péptidos e aminoacidos, configurando maioria absoluta das membranas procariontes, com a exceção das Arqueas. A membrana das arqueas é formada por proteinas, fosfolipideos e polisacarideos ligados a essas proteinas, formando glicoproteinas. 


Organelas e RNA


As arqueas comumente apresentam a mesma estrutura celular das bactérias, cromossomos em formatos circulares e afins. Entretanto, seu RNA se assemelha geneticamente ao eucariotico, como também em alguns tipos de arqueas, como as da familia "Asgard" realizam um processo de mutualismo, junto a outras bactérias ao seu redor, isto é, para a obtenção de oxigênio. Esse mutualismo possui muita semelhança a teoria de que os unicelulares eucarioticos primitivos, teriam absorvido um tipo de bactéria que teria dado a mitocóndria como conhecemos, formando a célula caracteristica dos multicelulares animais. Por outro lado do espectro, a formação dos eucariontes vegetais se da pela a absorção de mais uma cianobactéria, em complemento a mitocondria, permitindo fotossíntese.
O fato de que um tipo de arquea pode realizar mutualismo junto de outros procariontes, fora sua proximidade o trona como um ente muito mais proximo aos eucariontes, do que as bactérias.