segunda-feira, 13 de julho de 2020

Fisiologia Vegetal

Nutrição Vegetal


Macro e Micronutrientes


As plantas, assim como todas as outras formas de vida, precisam de nutrientes para realizarem a manutenção das reações internas ao seu organismo. Os organismos vegetais precisam mais do que a luz do sol para sobreviver, precisam também de nutrientes. Temos então dois grupos distintos de nutrientes: os macronutrientes - que são mais necessários em maior quantidade e os micronutrientes - em menor quantidade. Temos como um bom exemplo o oxigênio que é importante no processo de respiração celular, sendo assim necessária uma maior quantidade deste elemento, enquanto outros como o cobre apenas tem uma função secundaria em relação ao metabolismo e a formação de estruturas como a parede celular e as sementes. 



Apoplasto, Simplasto e Capilaridade


As raízes, sem dúvida, são essenciais para a alimentação de uma planta, pois tem a função de capturar a água e os sais minerais envolvidos nela, canalizando estes através de seus microtubos. Isto é possível graças as pontes de hidrogênio que ocasionam nas reações de coesão, responsável por manter as moléculas de água interligadas entre si, e a adesão, capacidade que as moléculas têm de se ligar a outras substâncias polares. Com isto, imagine que no contato da água com as raízes e suas cavidades microscópicas ocorreu ligação da raiz com as moléculas de água através da adesão, atraindo estas para dentro, puxando as outras moléculas ao seu redor devido ao efeito de coesão, que as mantem unidas. Esse processo que chama-se de capilaridade. e Chamamos de seiva bruta o conjunto formado pela água e os sais minerais absorvidos.

 Existem duas formas dessa seiva bruta navegar no interior das raízes, isto é, dentro e fora de suas células. Quando o conteúdo atravessa entre os espaços extracelulares chama-se de apoplasto, sendo um processo onde não há gasto energético, já que a substância se move através de difusão simples. Porém, se a substância acaba por se deslocar através dos espaços intracelulares, citoplasma das células, chamamos de simplasto, sendo que a seiva se move através de tubos citoplasmáticos interligando todas as células entre si até que cheguem no cilindro vascular central.




Xilema, Florema e Pressão Radial


Finalmente, com a entrada da seiva bruta no interior da planta esta é deslocada no xilema, canal específico para seu transporte, para que depois entre em contato com o restante das copas do vegetal e participe da fotossíntese, tornando-se seiva elaborada, descendo finalmente pelo florema para ajudar no processo de respiração celular. Mas como esse movimento é possível? Sabe-se que ao tornar-se seiva elaborada, o conteúdo desce conforme a influência da gravidade, porem apenas ela seria insuficiente por não ser forte o bastante e não explicar como a seiva bruta, sobe pelo xilema. Indo direto ao ponto, o vegetal promove pressão a partir da raiz, sendo chamada literalmente de pressão radial, mobilizando a substância no xilema e florema, com a origem dessa pressão um processo de osmose.



O Ponto Fótico e a relação entre a Respiração Celular e a Fotossíntese


Sabe-se que cada tipo de planta tem sua tolerância em relação a intensidade luminosa que podem suportar e precisam. Temos as umbrófilas, que geralmente vivem nas sombras e necessitam de menor intensidade luminosa, muita exposição as queimaria. Por outro lado, existem as heliófilas que necessitam de máxima exposição ao sol, facilmente murchando quando deixadas por muito tempo nas sombras. Agora, devemos ter em mente que existe um gráfico que pode nos dizer o ponto fótico de uma planta em específico. Mas o que é o ponto fótico e qual a sua importância? O dito ponto é o marco em um gráfico entre a intensidade com que a respiração celular funciona e a intensidade luminosa necessária para manter as reservas fotossintéticas alimentadas. Por isso, uma planta umbrófila vai ter um ponto fótico menor, se comparada a outra que seja heliófila.